Ame-me com ternura

Ando por aí,

Em uma busca infrutífera do que não perdi.

Não se perde o que não se tem.

Meus pés doídos latejam enquanto meu amado não vem.

Procuro pelo meu bem, em cada esquina, em cada canto.

Iludida pela promessa de um produtor de encantos.

Suas palavras poéticamente organizadas,

Enlevam este ser que crê em contos de fadas.

Meu desejo é suave quase infantil,

Desejo o amor do escritor que me aduziu.

Sou flôr que inspirou, que tocou sua mão.

Agora quero mais; um lugar em seu coração.

Diz tanto das gravuras que lê de forma preciosa;

Enxerga os detalhes em leitura minuciosa.

Como mágico descreve em minúncias,

Enlevado, tal qual amante em noite de núpcias.

És o pintor que pode colorir minha vida.

Desejo seus lábios me chamanddo de "querida".

O que fazer te pergunto diante de tanta dor,

Se me acostumei tanto á ser seu amor...

Um toque um carinho,

Me convido para ficar em seu ninho.

Uma última pincelada na pintura,

Um pedido absurdo: AME-ME COM TERNURA!

Este sentimento que chega até doer,

Sinto-o todo imenso, eterno, por você.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 26/12/2007
Código do texto: T792613