Morrendo de saudades

Ainda brotam botões de rosas no canteiro que fizeste.

Pegaste tua bagagem e te foste.

Ainda zunem as abelhas recolhendo seu alimento nas tardes ensolaradas.

Bateste a porta… sem dizer adeus.

Ainda passa o pipoqueiro, vendendo pipocas e algodão-doce colorido na nossa rua (‘nossa rua’… estranho escrever isso… porque agora ela já não é mais tua… é só minha).

Fiquei na janela até ver sumir lá longe o nosso carro e você nele (‘nosso carro’… estranho dizer isso… ele já não é mais meu… é só teu).

Encontraste serenidade?

Encontraste a paz que tanto procuravas?

Dizias que calma, serenidade e paz só longe de mim tinhas certeza de que estavam.

Se sim... aproveita tudo que já viveu, conhece e sabe... e aplica...

Eu?

Ah... eu aqui continuo a mesma – te amando - e morrendo cada dia um pouquinho mais de saudades.

Rosangela Calza
Enviado por Rosangela Calza em 08/11/2023
Código do texto: T7927714
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