Sempre nós

Na tessitura delicada da vida, o primeiro amor emerge como uma sinfonia etérea, e Benjamin Disraeli, com sua perspicácia, desvenda a magia singular desse sentimento. Ignorar o possível fim é o encanto, o toque de inocência que faz da jornada um conto eterno.

Jacinto Benavente y Martinez, sábio das emoções efêmeras, sussurra que o primeiro amor, que se apresenta como uma promessa eterna, é aquele que, ao passar, nos arranca risos. Uma ironia encantada, na qual o riso dança entre as lágrimas de um amor já findo.

Ah, Cartola, poeta das tristezas entrelaçadas em música, revela um primeiro amor que morreu como a flor ainda em botão, deixando espinhos que dilaceram corações. As palavras são como notas melancólicas, ressoando a tristeza de um amor que se desfez.

Do filme "O Primeiro Amor", surge a reflexão de que, entre a paleta de cores do amor, há aquele que é verdadeiramente irradiante. Encontrar alguém que é um farol de luz, que transcende a normalidade, é uma dádiva rara, comparável a nada mais.

Nas notas de Aline Barros, a canção "Primeiro Amor" clama por um retorno ao início, ao reencontro com o Divino. Um pedido de reconstrução, de rever conceitos, valores, e regressar ao caminho que leva às primeiras obras do Senhor.

E nas palavras de Samuel Beckett, o entendimento de que o amor não se encomenda, é algo que simplesmente acontece. Uma verdade que ecoa nos corredores do coração, lembrando-nos de que o amor é um mistério inescrutável.

A carta de despedida, em sua sinceridade, revela o encanto de ter compartilhado a vida com alguém especial. Cada minuto, cada palavra de amor, carinho e amizade é um tesouro guardado na memória, um álbum de recordações que se desdobra nas dobras do tempo.

A tristeza da despedida é palpável, um lamento por não terem sido maduros o suficiente para cultivar a paciência e a compreensão. Um pedido de perdão por orgulhos que talvez tenham sido o obstáculo para um para sempre que não se concretizou.

Contudo, a esperança sutil emerge nas entrelinhas da despedida. O desejo de lembrar apenas das coisas boas, de esquecer o egoísmo, indica um caminho de cura. Guardar na memória as felicidades vividas, amando um pedaço que permanece para sempre.

E assim, na trama multifacetada do primeiro amor, esses versos entrelaçam sentimentos, reflexões e memórias. Cada linha é um fragmento desse caleidoscópio emocional, um tributo à complexidade e à beleza desse capítulo eternamente marcante.

Diego Schmidt Concado

Bipolar Poeta
Enviado por Bipolar Poeta em 15/12/2023
Código do texto: T7954519
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