Chuva

Chove. Há um silêncio que envolve a terra,

Como um manto sereno, paz que se expande.

A chuva, nesse instante, se faz música rara,

Cai com sossego, sem alarde que demande.

O céu dorme, coberto por nuvens que flutuam,

E a alma, em seu viúvo silêncio, se perde.

Entre gotas que dançam e a noite que escuta,

O sentimento, como a chuva, se alarde.

Chove. Renego o "quem sou" em reflexão,

Na serenidade da chuva, questiono a existência.

O silêncio, testemunha da introspecção,

Um diálogo mudo, com a própria consciência.

Tão calma a chuva, como um suspiro do céu,

Que se solta no ar, leve e quase etéreo,

Como um sussurro suave, como um véu,

Que envolve a terra num abraço sério.

A noite abraça a chuva, dança em harmonia,

E na serenidade, descubro a poesia.

Cada gota, uma palavra em melodia,

A chuva é o poema que a alma anuncia.

Chove. E no silêncio, nasce uma canção,

Que ecoa nos cantos da alma, em profusão.

A chuva, poesia líquida em expansão,

Um diálogo entre o céu e o coração.

Diego Schmidt Concado

Bipolar Poeta
Enviado por Bipolar Poeta em 21/12/2023
Código do texto: T7958829
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