A Paixão Desmedida
É o sangue da vida, meu amado,
Que desce pelas têmporas
Num despertar de sentidos
Um quase início de saudade
O que será o gemido que se aproxima?
Se não a ingente paixão
Ontem a gente quis fazer um século de Luz
Mostrar pra todo mundo o estandarte Ideal
Terminamos por ver na Verdade um pavilhão velado
Amor às causas perdidas
Fé dos desesperados
Na teoria do amor patusco que diz:
Ausência não é saudade.
A primeira simplesmente não há,
Uma metamorfose caprichosa.
A saudade não é ausência.
Saudade a gente sente e nada mais,
Como uma incapacidade que dói no peito,
Audaciosa.
Mas sendo a saudade tão assustadora,
Digo:
Que tenho a saudade
Que ela não muda
Que não será diferente daquilo que fora.