O LÍRICO E O AUTOR
Os pássaros vão te seguir,
Em meio aos campos de jasmins,
Andarás a tocá-las e sentir,
Que és a temática a ser descrita aqui.
Já faz dias que não a venero!
Nem ao menos posso lhe falar.
Mas te contemplo, em pensamento e,
Tento de todas as formas te buscar.
Penetras o destino incerto,
Numa manhã que não demora.
Parecendo tão improvável o “oferecer”,
Ouvindo a tua voz, num corpo que não quer me pertencer.
Num lampejo à margem da realidade,
Tudo está em silêncio em mim!
Reformatando em tese, minha psique,
Pelo simples fato…de que sem você,
É impossível desejar e existir.
Quero ter-te, tanto quanto espero, que possas me ver,
Como o lírico e o autor a imaginar por um instante,
Que surpreendas sem que eu saiba, assim, direi:
-Ah, como deves vir trajada, agora?!
Não sei se sua essencialidade,
Bate contra a morada, desesperada,
Para sair para fora e ir a estrada,
Levando-a a outro lugar existente,
Onde depararia comigo, dando-lhe,
Aquilo que muito te agradaria:
“O deleite do sono dos inocentes”.
Não obstante, serias a feiticeira em dia de luar,
Sendo incensada com a fumaça dos turíbulos,
Numa vontade inexplicável das serenas em poesias,
Descobertando a verdade que se esconde por trás,
Das devastadoras sombras fantasmagóricas,
Para alinhar os planetas de seu terno reino,
Sem segredos e nada que assola,
Recebendo-me em teus braços de menina,
Dando-me além-mar, o elixir do amor,
Retirando-me todas as mentiras.
Poema n.3.049/ n.20 de 2024.