A Minha Dona da Noite

De dia, ela é toda minha,

Do raiar do sol até a tardinha.

À noite, vêm seus donos e a levam embora,

E eu me debruço na fantasia,

Encaro com agonia...

O maldito trabalho dela.

Noite e madrugada fria,

Na penumbra, cama vazia.

A lua, companheira de prosa,

Um dia a vida será dela e minha,

Sem correntes que nos impeçam.

Até lá, o que me resta

É sonhar que contigo, um dia...

Dividirei o sol de uma manhã vazia.