PSICOGRAFIA SOMÁTICA

Não sei se o coração despertou,

E seu surgimento em meu pensamento,

Foi o suplício da alma, o aroma vindo com os ventos,

Que tirou-me do conforto, e do lado oculto do esquecimento.

Uma psicografia somática,

Quando deparo-me preso noite e dia,

Por amor que quero como imortal,

Onde suas digitais iriam além da pele.

Ser um fugitivo contigo,

Para mundos que nem pensaria ir!

Mas que contigo, iria, sim,

Viver o que eu não vivi.

O anjo que desejo ouvir sussurrar,

Em meus ouvidos por um momento,

Seria o som da tua verdadeira voz,

Depois de tantos desencontros que temos.

Quando chamar-te-ei de “bela e eterna",

Somente para ter o prazer de tua resposta?

E nessas alturas em que eu me encontro,

Sentir o mel que trazes em tua boca, agora.

Já enfeitiças-me há anos,

E com doçura vou vendo tua face!

Ela está do jeito que eu me lembro,

Da mesma forma, você não mudou em nada.

Talvez, internamente tenha,

Acontecido uma transmutação.

Sendo até a parte mais linda que necessito,

Conhecer, para tentar tocar meu corpo em questão.

Nisso, imagino-te retornando,

Sorrindo largamente, me devastando!

Neste tempo de total espera, a qual venho,

Particularmente, seguindo meus passos, te adorando.

Poema n.3.058/ n.29 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 26/04/2024
Código do texto: T8050246
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