Esqueci a luz acesa.

Esqueci a luz acesa.

Esqueci a luz da sala acesa só por medo de pensar em você

mas meu pensamento segue em sentido contrário a mim mesmo.

Deixo o celular ligado esperando um recado dos pássaros

enquanto um beija-flor beija minha janela

e alimenta minha espera... meu computador registra a saudade

mas não consegue apagar a minha memória.

Um camarada dentro de mim mesmo que me persegue

consegue ser feliz mesmo diante da saudade absurda

desses poucos minutos que estou longe de você.

Ao amanhecer quero entregar uma estrela para você,

as fases da lua vão ti dizer, enquanto câncer brinca com peixes.

Na constelação do zodíaco os signos de água brincam comigo

mostrando suas afinidades, enquanto a árvore de Natal da Lagoa

faz da noite uma poesia, fotos como garantia, memórias da vida.

Não precisa muito para ser feliz, um guaravita, um saco de pipoca,

“Doce em cima e salgada embaixo”; doce pela alegria e salgado pela

pele que desliza entre os dedos. E nos cadernos de outrora, escritos

trazem de volta a memória dias de inocências, dias de felicidade.

Agora somos parceiros de poesias, tua poesia ficou linda, vou fechar

a geladeira e deitar, mas pode perguntar se eu vou trabalhar amanhã.

Quanto a me deixar esperando; com sede, frio, sem poder conversar

com os porteiros; “Tudo bem”, Copacaba trás boas recordações.

Não vou falar teu nome nem o meu, “Meu nome não é Johnny”,

aliás “Johnny” e o wiskie falsificado que bebi, teu nome é letra

eniale... bricadeira com palavras! Teu nome é fato com afeto.

Meu objetivo não é acumular um milhão de dólares, nem torrar

um milhão de dólares, até pode ser, mas ti dar um milhão de beijos.

Antes de dormir eu rezo e peço para você e pra mim um 2008

cheio de felicidades... e também para o restante da humanidade.

Ricardo, 05/01/08.