Se há de ser flor...

Se há de ser flor,

carece de ter mimoseio.

Que não seja de muito,

tampouco de menos,

mas que seja cariciosa.

Mimosidade mais que a flor,

está para existir.

Seja ela uma flor brejeira,

rústica nas aparências

e de pouco cheiro

e de muito espinhosa,

vai mostrar seu aroma

quando num cafungar profuso.

Se não tem pétalas,

nem aparente graça...

É uma flor, ainda assim,

e será sempre uma flor,

no mais inteiro do feminino.

Queira ou não os incultos;

os estúpidos;

os achavascados;

os inepto e tacanhos e nulos.

Flor é flor, se tem ou não cheiro,

se é ou não fina e delicada;

se mostra-se ou não em pétalas;

se é ou não apreciada...

É flor,

no contradito do inevidente!