GOTAS & AMOR
Ia escrever alguma coisa, qualquer coisa,
Então começou a chover.
E com a chuva foi-se embora a luz.
Realmente não sei o que ia escrever
Só sei que tinha este dever,
Dever em dizer querendo dizer.
Sob luz de velas,
Começo a deixar transparecer,
Tudo aquilo que tinha de dizer.
Numa breve ida à varanda,
Percebi o quanto era agradável
Sentir a presença de leves gotas.
Gotas estas que refrescam,
Que purificam,
Que renovam...
E trazem de volta vida.
Algo de que tanto animais,
Quanto animaizinhos, necessitam...
São os animais retirando vida dos animais,
É a vida.
Os animaizinhos nutrem-se de plantas e,
Às vezes, do invisível...
É a vida dos que perdem as forças e alimentam outras vidas.
É a vida seguindo em frente,
Sempre em diante.
As gotas então, num determinado momento,
Como o agora: o momento de vida,
Aparecem e refrescam, em aliviando.
E repensando o modo de vida,
Em vida bem vivida
Purifica-se o ambiente:
Tudo fica lindo,
Tudo fica amor.
Tendo caído diversas gotas,
Ora aliviando,
Ora limpando,
Surge a renovação,
Vidas em criação!
E as gotas continuam caindo,
Todo o processo que fora descrito
Está se realizando,
Gotas caindo,
Água se acumulando.
Quando o Astro maior vier,
As gotas vão se evaporar,
Para que depois mais alguém
Possa estar contando,
Suas sensações,
De novas gotas, se formando...
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