RITUAIS E SIMBOLISMOS

Noites tão mal dormidas, inacreditável!

Falas ditas, e nem tanto pensadas.

Mistério escondido, nada revelado!

Sonho contido, foges para longe,

Como as luzes que diversas vezes se apagaram.

Estás dentro de mim, e do mesmo jeito, fora!

Inevitavelmente, não posso te negar,

Mas és envolvente, contudo, não posso te esperar,

Pois nunca serei perfeito, isso, podes acreditar.

És um dos poemas mais embelezados, já concebido,

No qual meu espírito vem e se extravasa,

No interior seu, que desejo que seja meu abrigo,

Mas, o que há comigo? Qual é a lógica disso?

O vinho é por delicadeza a arte humana,

Entretanto, sois a donzela, cuja face se oculta!

Quanto mais distante eu te ver, mas existirá vida,

E jamais sentir o ar, entrar nos territórios da melancolia.

Lembro-te sem querer, e parece que estou,

A contemplar-te por viver, em rituais e simbolismos.

Tenho tantos segredos que guardo, a minha verdadeira face!

Os lugares obscuros que caminho sem protagonismo,

Por entre espasmos fingidos, numa fúria que me alimenta.

Na proporção que os olhos almejam,

Encontrar uma David que se encaixe,

Ou que apenas, não se disfarce, transpassando-me,

Com o seu instante, onde teu respirar, é-me,

Agora, um chamamento para ser o protetor,

Quando queres ajuda, contudo, não pedes.

Da mulher épica,

Ecoa vontades divididas!

O espelhar nas fontes cristalinas,

Afogando-me intensamente em seu lume.

Nem notas o quanto me aprisionas!

Jogando-me num silogismo aplicado,

Predeterminados, pela sua análise,

Talvez, antes de vir a me conhecer,

Depois da primeira e única vez.

Poema n.3.070/ n.41 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 12/05/2024
Código do texto: T8061310
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