APOCALIPSE

Sinto a alma dolorida
o coração moído
crivado de lembranças queridas
distantes,
perdidas...
Sinto-me como a tarde que morre
escutando o vento a chorar
Sinto-me em prece,
a pedir,
rogar,
implorar...
Sint0-me sozinho
sem luz no meu caminho
sem sol no meu viver
a espera
de algo perdido,
distante...
o amor
a paz
a paz no amor...
                Ipuã, 21-05-1968


       Benevides Garcia Barbosa Júnior