"Sem amor, sem Deus, sem paz".

Atiro ao mar todas as minhas dores,

Abnego aos meus pais - troco o meu nome,

Adoto um pseudo - isto mesmo - um cognome,

Para ocultar bajulações e falsos amores.

Esqueço-me de tudo, até mesmo a minha pátria,

Meus traumas sugerem frágeis vícios de linguagem,

Encravados no texto e no contexto da bagagem,

Me ensurdeço, fico mudo e se falo, é da pátria.

Vejo agora; o meu amor vale tanto quanto o lixo,

O lixo ao qual eu me entrego por mero capricho,

Perante a minh'alma já quase destroçada.

E a culpa é tua se a minha alma, lenta, se definha,

E como pássaros voantes, sou uma pomba que caminha,

Sem amor, sem Deus, sem paz pelos beijos teus.

YOSEPH YOMSHYSHY
Enviado por YOSEPH YOMSHYSHY em 10/01/2008
Código do texto: T811056
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