Silêncio Negro

O silêncio negro

irrompe no coração

quando o sangue final

resultado de um punhal

desferido sorrateiramente

do que ignora o amor

lágrima tinta estaguinada

a paciência se torna aliada

apenas o canto da fé

deve embalar

a fé que orquestra

até que quedada alma

possa enfim se levantar

a fé inteligente

que jamais foi imediatista

a fé que sabe

da existência das estações

ciente do fim

do gélido inverno na alma

onde a dor é o vento que açoita

ciente que a primavera chegará

e novamente as flores

desabrocharão

no jardim da alma

com a brisa

chegará o carinho

nos sons das folhas

do forte carvalho renascido

a melodia dos pássaros

trazendo notícias

do novo alvorecer

e o sol brilhando

no seu mais intenso amor

fará desta alma

o pleno arco-íris

nascido da união

de seus invencíveis raios

e o orvalho

presente nas rosas

as rosas brancas

que são do coração

do jardim do universo.

Susie Sun
Enviado por Susie Sun em 17/01/2008
Reeditado em 17/01/2008
Código do texto: T820500
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