NOITE ETERNA

A noite me habita

Numa tormenta sem fim

Ausente de mim mesma

Vagando no infinito

E o gosto é o de perda

Audacioso é o perigo

Deitado em meus braços

Sussurrando um socorro

Audaciosamente o atraso

Do gosto de uma derrota

Salões imensos de festa

Se preparam para receber

Flores e margaridas frescas

A essência me é frágil

E me dói uma dor dilacerada

Os anjos vão às lágrimas

Os céus me contagiam

Numa canção permanente

De que o presente é agora

Nada mais tem validade

Senão seremos avarentos

Hipócritas e minúsculos

Seres que só guardam

E se preparam para um

Futuro do qual nada sabem

O futuro é fantasma temeroso

Do brilho do momento que acaba agora...

Luiza De Marillac Bessa Luna Michel

19 de janeiro de 2008

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Luiza De Marillac Bessa Luna Michel
Enviado por Luiza De Marillac Bessa Luna Michel em 19/01/2008
Código do texto: T824499
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