É destino meu

A força do destino assim o quis,

lançar-nos nas densas brumas do mar.

É nosso triste fado que nos diz,

que nascemos apenas para sonhar.

No amor, não há flor de laranjeira;

Nem sequer a doçura de um beijo.

A figura diluída e brejeira,

fica-se apenas, por simples desejo.

Que fui ou ainda sou, não importa;

Como ser e não ser, não é questão,

como a verdade em nós… está morta.

Amamos no destino da ilusão…

Quedo na soleira da tua porta,

dando ao destino, estranha razão.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 23/01/2008
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