Orgasmos

Movem-se céus

Contorcem-se terras

Entre braços, abraços, pernas

Tornamo-nos feras

Na jornada ao paraíso

De milhões de delírios

Gritos contidos

E sussurros gemidos

Deslembrados os gêneros

Além dos critérios

Dos prazeres efêmeros

Desejos etéreos

Cruzei vis desertos

Em busca dos veios

A curar minhas sedes

Infindáveis joguetes

Escalei mil montanhas

Íngremes subidas

Orvalhadas entranhas

Fendas feridas

Depois dos espasmos

Ouvidos estalos

Os cumes roçados

Intangíveis orgasmos

Enfim, imerso em luxúria

Aquém das lamúrias

Ilhei-me nos êxtases

De tuas canduras.

Fábio Pirajá
Enviado por Fábio Pirajá em 24/01/2008
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