À beira do cais, a menina do poeta

Outra vez, aqui no porto, vejo o mar.

Ficarei sentada nesta pedra, até você voltar.

Tuas mãos não me acariciam,

Mas tuas palavras me inspiram.

Carícias sopro ao vento,

Espero que ele te leve meu pensamento.

Gaivotas fazem crochê no ar,

São recados meus em busca do teu olhar.

Vivo inquieta, louca de saudade,

Invento jeitos de aliviar minha vontade.

Meu desejo é te encantar,

Colar meus lábios ao teus, amar.

Sou a menina do poeta,

Sua menor descoberta.

Seu maior segredo,

Sua dúvida e seu medo.

Sou quem o inspira,

O perfume que seu coração respira,

Um pecado, seu amor,

O pote de beijos com sabor.

Sou a menina do porto sentada na pedra do cais,

Louca para ouvir de ti:

"Ancorei meu corpo junto ao seu, para não deixá-la jamais!"

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 24/01/2008
Reeditado em 24/01/2008
Código do texto: T831386