AO SABOR DAS PAIXÕES

Ela veio se instalou sutil, como veio se foi,

E nem mesmo seu nome ao certo eu gravei;

Deixou saudades, e podia ser bem diferente,

Mas partiu indiferente e nem sei para onde.

Coração bobo se entrega inteiro e acredita,

Depois fica pelos cantos chorando magoas;

Mas logo vem um novo sol, nova esperança,

E lá se vai um coração aos novos encantos.

De encantos e encantos vive meu coração,

Pode ser bobo, mas intensamente aproveita;

Cada minuto e cada instante de uma paixão,

Depois descansa, e volta novamente à vida.

Não é de ninguém e ninguém acredita nele,

Mas vive o instante como se fosse o último.

Um dia, sei, alguém vai fisgá-lo para sempre;

E ele não vai mais ficar ao sabor das paixões.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 24/01/2008
Reeditado em 20/02/2009
Código do texto: T831681
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