EU NÃO SOSSEGO

Se eu me entrego, não sossego!
Se não sossego, eu me entrego.
O tempo é o louco, eu é que sou lúcido.
Nada tem a hora certa, a gente é que acerta o relógio.

Os encontros são casuais, os casos são propositais.
É caso de amor mesmo, não ao acaso, mas a pedido do coração.
É o chamado da alma para a felicidade, “esplêndida emoção”.
O seu brilho é natural, minha loucura é imortal.

Eu que não sossego, fácil me apego, me entrego.
Entretanto eu não sou enganado, eu é que por vezes me engano.
Me torno irracional, não sei mais somar nem subtrair, eu,
algarismo significativo, apenas vivo, você, é o meu motivo.

Eu que não sossego, corro perigo, fico sem sentido.
Se puder eu me arrebento com você, por você, de você.
É o seu jeito de me entender, a interpretação que você me dá.
Você, leitora da minha alma, código sem ética, que consegues decifrar.

Eu que não sossego, tenho transtornos por viver a sua ausência.
Não é doença, é crença, é fé na verdade, na realidade de viver a felicidade.
Não é ilusão, é promessa do coração, o vôo mais alto, o encontro das asas.
Das almas livres, que se devotam, e voam um ao encontro do outro, sem amarras.

Se eu não sossego, eu te quero o tempo todo, de novo e de novo.
Pensar em você é pouco, eu quero ter você. Ter, viver você,
Eu que não sossego também falo sério e quero muito viver o seu mistério.
Me dá você de presente? Me traz você de repente? Quem irá? Quem ficará?

Ass: O SUSTO, O INTENSO, A TEMPESTADE, O FURACÃO.
jluizalencar
Enviado por jluizalencar em 04/02/2008
Reeditado em 04/02/2008
Código do texto: T845727
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