O 1º Amor, Último Não Será... Mas O Eterno!

 

Minh'alma neste mundo chegou,

Num corpo puro e inocente...

Cresceu e logo alcançou

A idade pura adolescente!

 

Noventa dias depois de mim,

Nasceu uma outra alma linda.

Até um dia surgir pra mim...

Corações virgens ainda!

 

Como o primeiro amor é Divino!

Deu perfume às nossas vidas!

Mas cada um foi pro seu destino.

Deixando em mim algumas feridas.

 

Outros amores experimentamos,

Um curto, outro bem duradouro,

Mas de novo nos encontramos

Para vivermos o Amor de Ouro!

 

A paz, a sintonia, a plenitude,

A entrega deu luz a esta união,

Nunca vimos tanta magnitude,

Tanta harmonia e comunhão!

 

O mesmo sonho nos norteia,

Amamos a mesma beleza!

Sabedoria é a nossa ceia,

Compreensão a sobremesa.

 

O mantram OM é nosso hino,

Que preenche nosso espírito.

Hoje pintamos nosso destino

Um quadro mais que bonito!

 

Um Amor desse não ser vivido,

Tanta vontade, tanto valor!

Deixá-lo assim... perdido...

É como pisar numa flor!

 

Como podemos não regar?

Como podemos dele sair?

A voz do coração negar?

Dar as costas ao sorrir?

 

Não pode virar só lamento,

Ser lágrima a nossa voz!

Roubar-nos assim o tempo,

Tirar o abraço de nós!

 

Se esta companhia ainda,

Temos que vivenciar,

Que ela seja bem vinda,

Temos que aceitar...

 

Mas o nosso Amor Primeiro,

Que fez nosso coração nascer,

Não pode ser passageiro,

Para um dia se esquecer!

 

Aos anjos do destino suplico,

Não desperdicem este Amor,

Ele de nossas vidas é o pico,

Mas cheio de esplendor!

 

Porque o Primeiro não ter a sorte?

Porque será que ele voltou assim?

Tão certeiro, intenso, tão forte?

Você fazendo parte de mim?

 

O céu sem os passarinhos,

Ou as aves sem o cantar,

Seria viver sem seus carinhos,

E sem seu terno verde olhar!

 

Não vou morrer sem você,

Posso até viver outros amores,

Mas o arco-iris que todo mundo vê

Pra mim não terá mais cores!

 

As mais belas notas musicais,

As mais belas canções,

Farão coro com os meus ais,

Farão ecos em nossos corações!

 

Faltará em nossos pulmões alento,

Em nosso peito fará muito frio,

A vida será como o triste vento,

Que invisível deixa o assovio.

 

Mas não creio que seja verdade,

Que sua ausência pese tanto.

Não será assim calamidade,

Infelicidade e pranto!

 

Com a consciência busco,

Momento de reflexão...

Os egos ofusco,

Só o coração!

 

Chega de dor, já!

O meu sentir eu externo:

O 1º Amor, Último Não Será...

Mas... O Eterno!