ANA C.,"DESPE-TE DOS RUÍDOS"

ANA C. , "DESPE-TE DOS RUÍDOS"

A estrutura inacabada

Talvez a verdade dos fatos

Não dos olhos, spots

Da construção oca

Do salto alto

Na contramão

No vácuo do um

Quase dois

tea for two

Escorre o assassino

Eu,

Vivo nas cabeças

de Madame Tussaud

Derreto solidões

Esculpo saudades

Roberto ainda geme

Nas curvas da Bahia

Tortas vias

Veias secas

Fingidas

Mãos com Luva

De Pelica?

O todo da vida

Não de mim

Dos que li

Nem conheci

Mentiras

No risco neon

Do tempo Blue

De mim?

Só a obra fantasma

Dos meus eus.

“Despe-te dos ruídos”

Quantos?

Dois? Tantos?

Ah! Esqueci.

Cintia Thomé

1984

Direitos Reservados.

Cíntia Thomé
Enviado por Cíntia Thomé em 20/02/2008
Reeditado em 20/02/2008
Código do texto: T867075
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