O QUE RESTA DE UM “EU”

O partir é breve, na incerteza do que se passa, do que se vive.

A dor escancarada segue tal qual a um condenado,

E em meio a tantos conceitos, medos, incertezas,

A única razão é deixar de sofrer, mesmo que para isso seja preciso arrancar do peito um coração que implora por um pouco de paz,

Coração que sangra, que pede perdão e sem resposta insiste em sangrar e doer.

A persistência do sofrer perseguida se faz na necessidade de explodir o sofrimento

E fazer dele apenas lembranças de uma falsa eternidade.

Ah, quem dera poder entender o que se passa,

Viver o que se sonha.

Infelizmente somos humanos inocentes, carentes em busca de razões e emoções que um dia buscou e,

Nas "INCERTEZAS" parte, sonha, vive e,

Acorda em meio a um desespero que insiste em ficar.

Partir é o que resta, ou recompor os pedaços que sonhou um dia poder cicatrizar

O silêncio se faz presente, envenena, confunde, doe e abre a cada segundo a cicatriz que insiste em sangrar...

O que resta? Ah o que resta.

Partir novamente em busca de sonhos inalcançáveis, desejos insaciáveis.

E no peito a esperança de um dia me encontrar

Em um “EU” que já cansei de sonhar.