NÃO HÁ NADA MAIS MISTERIOSO

NÃO HÁ NADA MAIS MISTERIOSO...

Juliana S. Valis

Não há nada mais misterioso

E mais profundo do que o amor:

Sincero, humano, astucioso,

Sublime sonho que restou

Em nossa alma, apenas, muda...

E, sem calma, os tempos já se vão,

Como velozes ventos de aventura,

Um labirinto, uma explosão,

Cor da vida que perdura,

Tanto no céu como no chão,

A dor no pranto, amor na cura

Dos sentimentos que já são

Misto de paz e de loucura,

Enigma, aqui, no coração !

Não, não há nada mais misterioso

Do que o amor em dias sós,

Em todo o ápice de chama,

Em toda a síncope veloz

De uma só voz que nos declama

O que será - quem somos nós ?

Em toda alma, assim humana,

Há enigmas e voz,

Um mar da arte que emana

Sentido além do mundo atroz !

Por tudo isso, lá no fundo,

Não há nada mais misterioso

Ou mais profundo

do que o enigma do amor.

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Walt Whitman , poeta norte -americano, (1819-1892):

" Quando analiso a conquistada fama dos heróis

e as vitórias dos generais,

não sinto inveja desses generais

nem do presidente na presidência

nem do ricaço em sua vistosa mansão;

mas quando eu ouço falar

do entendimento fraterno entre dois amantes,

de como tudo se passou com eles.

de como juntos passaram a vida

através do perigo, do ódio, sem mudança

por longo e longo tempo atravessando

a juventude e a meia-idade e a velhice

sem titubeos, de como leais

e afeiçoados se mantiveram

- aí então é que eu me ponho pensativo

e saio de perto às pressas

com a mais amarga inveja. "