No silêncio
Os meus desejos,
As vezes tão egocêntricos,
Eu os guardo para mim.
Como querer você por exemplo.
Meu sorriso amigo,
Discreto, fingido.
Os meu devaneios,
As vezes tão depravados
Eu os deixo fluir.
Como amar seu sorriso,
Tão bobo e tão solto.
Os meus silêncios ambiguos,
Inocentes e cretinos
Eu os sereno sem rir.
Tento olhar para o lado
Para não te convencer,
Mas teu olhar me inunda,
Tão seco e me desnuda.
O meu desejo por ti
Eu escondo em silêncios,
Em meu paladar.
Teu olhar dissimulado,
Brincando comigo
Eu ignoro.
Por tentar justamente gostar.
(17.03.06)