PRAZER EXTREMO

Tu és prazer,

cheiro de cio,

fogo a arder...

Milagrosamente

tornas-te um lago,

onde me banho

e me descanso.

Tu és um castelo,

e eu te invado

e te conheço.

Tu és um ninho,

que me acolhe

tão bem...

Tu és uma obra de arte,

e em tuas formas

eu me encaixo

e me acho um rei.

Tu possuis uma brasa,

que não te queima as pernas,

mas alucina-te.

E eu sou um rio

e o meu líquido cura-te,

salva-te momentaneamente,

e em seguida,

tu te agitas,

imploras,

choras,

uivas,

gozas,

calas,

morres,

para depois,

noutro momento,

novamente tornares a viver,

e em outro dia, talvez,

voltares a te entregar,

para novamente

tornares a morrer.