Amor Tsunami

Quando estava a chorar a perda

Desse meu complicado amor,

Vagando na praia, sem rumo,

Ondas morninhas beijaram meus pés.

E todo o meu corpo arrepiou-se,

Ao notar que um olhar brilhante,

Cheio de ternura e amor represado,

Parecia a espera de abrirem-se

As emperradas comportas do meu coração.

Imaginando-as abertas, apareceu-me um amor

desaguando nas ondas, fazendo-as crescerem

num redemoinho, que domináva-nos e

aproximáva-nos, girando bem devagarinho,

num apertado abraço, e com muito carinho.

Ousando sair do mundo das sensações,

Abri as comportas do meu coração,

Para que a dona daquele olhar me ame,

E amores represados tornem-se Tsunami.

Inspirado da Poesia "Quero Ao Teu Lado Caminhar" da amiga Paty.