Sonhos de um cego

Da forma como o sentido do teu amor toca em mim,

É da mesma forma que padeço.

E penso naquele lugar distante que vi por final

Que me faz acreditar que possa estar com você,

Depois daquele brilho, a coisa mais serena, mais intensa,

E mais maravilhosa que me fez deixar confiar em você por vezes incontáveis.

Talvez um dia eu saiba que os meus sonhos frágeis possam ser quebrados por você.

No dia em que eu me apresentar para os meus mais tristes e sinceros sentimentos.

Quem é você que eu quero tanto?

Por que te desejo mais que desejo minha vida?

Quero saber se posso acabar com esse mundo de palhaços

Que nos condenam às escondidas.

Desejar sempre a chuva e você tocando minha alma

Como se fizesse parte da música que mais gosto...

Algo que de fato, somente aquilo que me forma e me constrói conhece.

Faço destas frases mal montadas algo confidente e incoerente

Correndo rápido como se tocadas pelo vento abanado

Pela crina de um Pegasus, a constelação mais linda de teus ombros...

Algo místico e uniformemente invariado,

Mais absoluto que o amor de um amor de mãe,

Que me junta os pedaços após cair do chão...

Cordas que ajudam a vibrar minha vida,

Soando os acordes de mais uma nova despedida,

Uma tristeza e alegria, a saudade que me machuca...

Sai daí de dentro,

Aí não tem muita coisa legal,

Quero te ver e dar o abraço mais doce que o mais doce dos beijos,

Sentir você aqui.

Sinceridade fluindo,

Deixando meu corpo e o seu vibrando como um só.

Esterilizado sem conceitos nenhum.

Notar a curva feita pelos teus olhos mágicos que imploram por abrigo.

Sonhar com você mais uma vez.

Guardar você ao ponto de perder você dentro de mim.

Sentir teu corpo viajar sereno e de olhos fechados

Para dentro do meu ser, sem esperar que ninguém venha nos atrapalhar.

Resgatar os finais felizes que conheci nos filmes e fazer minha vida ser pra sempre,

Eu e você.

E assim nasce a Teoria do Pontinho, algo que só os cegos conseguem enxergar.