Resquícios

Amas a vida, tu a veneras,

Sorves aos tragos o abstrato.

Tu tens melindres, tu tens recato

E tens resquícios d’uma outra era.

D’onde trouxeste esse olhar sereno,

O andar cadente e despreocupado,

Aura de anjo tão acanhado,

Cabelo esparso e o perfume ameno?

E d’onde a lábia que só me assanha,

Põe-me do avesso, no destempero,

Pincela versos com tanto esmero,

Que me extasiam de forma estranha?

Magmah
Enviado por Magmah em 03/05/2008
Reeditado em 03/05/2008
Código do texto: T973030
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