Jade Minha Mãe... Obrigado!

Mãe, Eu vislumbro você naquela casa em Santa Terezinha
Quando um dia eu fiquei muito triste e a deixei quase sem fala
Ao meu partir a estudar, dei um forte abraço adeus como quem vai perecer
Acompanhasse-me em viagem naquele dia tenebroso e chuvoso
Tua missão era me levar ao futuro, como o de todas as mães.

Planeja, espera, nasce, cuida, educa, ama... Plena doação... E depois fica só.

Ficar sem o filho é como achar no eterno o vazio
Faltar o rebento já crescido, como se diz, bem nutrido, quando deveria ajudar
Mas como fosse um sonho nebuloso aparece Sylvia bonita e faceira
Rindo a toa e leva-me de você, e você mãe a torna mais uma filha para amar.

... Mãe eu não te abandonei. As mães são sempre esquecidas
Apenas segui a vida e recebi mais vida de suas muitas lidas
E enquanto escrevo, penso se devo viajar, ao reflexo de todas as lembranças
Que nos mantém unidos esperança, quando mais frágil a vida me alcança
Com tantas mudanças e a quem a enxergo jamais se esquece de mim.

Mas quantas vezes a tenho esquecido, inúmeras vezes deve ter sofrido
De repente bem de dentro da mente escuto que nunca é tarde o renovar
Para cada dia amar mais e no outro dia mais amar a minha Mãe
Volto no tempo clareando algumas passagens de quando formando
Minha mãe chorando abre os braços e envolve-me em um sereno abraço
A transportar aos seus e a posterior os nossos momentos de angústias e lutas vencidas.

Dizendo graças a Deus, obrigado! Diz “meu filho” e emocionada
Ao mesmo tempo chora e ri o pranto que rola no meu rosto lívido
Como se o céu mais uma vez tivesse deixado sua alma lavada, enxaguada e limpa.

Minha Mãe, naquele abraço e tantos outros, fui alçado do mar as nuvens
A repensar que fui e continuo sua criança e que tua aventura foi de muita ventura
Que hoje, talvez, eu consiga mensurar o que significa a sua devoção ao projeto da vida
Quantas palavras doces de sublime alento, sempre atenta a tudo e a todos
Ensinando os conceitos e preceitos do verdadeiro humano filho de Deus Pai.

Todo filho nasce carente, mas a mãe é sangue, suor, lágrimas e mente
No hoje o filho é o cara, mas a mãe é sempre... O Amor
Santa que o tempo e as circunstâncias a faz sofrer, mas ela só a agradecer
Dias e noites consumidas pelas preocupações e indagações: por onde anda? Será que chegou?
Ensinei o necessário ao melhor viver? E o sobreviver possível? E a asma? Como vai lidar?

Dulcíssimo encanto que me ensinou ao olhar nos comunicar
E ao falar mesmo ausente, não é diferente vai pelo senso da mente
.

Mãe você é de tão sublime bondade
Capaz de acabar o mal da humanidade
Renovando com o teu amor profundo
Canto de fé e esperança ao mundano
Das desventuras do profano globalizado.

Mãe... Te amo muito.
Beijos abençoados na alma e no coração.

Julio Sergio
Recife-PE.
(11.05.08)