Água Doce
Não sei usar tão bem o termo amor,
A ermo em flor ou rosa, nada disto.
Se cada misto dosa em farta cor
A “carta ardor” que vem e, tenho visto,
Atenho e listo a chama de uma vida
Na pluma erguida ao vento até o céu.
Pois é o seu véu alento e paz contida,
Que traz saída, oh dama, eu sou seu réu.
Eu vou ao léu do mundo, caso queira,
E caso a beira desta sorte eterna.
É forte e terna festa, minha arqueira,
A vinha, a eira, o fundo, a fé moderna.
O pé e a perna, o tudo a que proclamo.
Porque a amo e sempre irei amar.
Para Eliane, por seu aniversário, porque a amo sempre!