UM CANTO SEM TOM


Entre flores... passarinhos...
teu corpo repousará
ouvindo em coro um hino
que te canta o sabiá;
que sempre se fez presente
mesmo que desafinado,
com aquele canto envolvente
sobrevoando o corcovado.
Ali de braços abertos
contemplando a Guanabara,
retratando em preto e branco
o tempo que ali passara.
Garotas e mais garotas,
de Ipanema, ou não,
vão juntar-se umas às outras
pra fazer-lhe uma oração.
Quantas Lígias e Luísas,
Gabrielas e Dindins...
Rachel, Tereza ou Marias
como flores de um jardim,
vão colorindo a Cidade
num canto quase sem som,
uma prece de saudade
desafinada e sem TOM.

Brasilia, DF
Registrado na Biblioteca Nacional

Isabelle Mara
Enviado por Isabelle Mara em 09/11/2008
Reeditado em 15/02/2009
Código do texto: T1273578
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