PARA MÁRIO QUINTANA - Ao meu poeta o respeito.

Mário Quintana, és para mim

no canto da poesia - o ar da manhã -

o café que saboreio;

a minha saudade dos passeios

no Parque da Redenção.

As manhãs coloridas de Gre-Nal

os dias de Carnaval da Perimetral,

a semana Farroupilha - a minha Pelotas -

me fazem lembrar tua sensibilidade.

Que pena me dá... Não ter podido ainda

vê-lo, falar com você, poder abraçá-lo...

Chamá-lo, meu querido velho,

meu velho, meu poeta,

como a vida é !

Mário Quintana és símbolo do amor eterno

de toda paz reinante nos corações

de quem há de... amar e ser amado.

Por quantas vezes debruçado ao vento

nas praças da minha Pelotas

amei e fui amado em teu nome,

e por teu nome, poeta maior.

Caridoso saber, tens para nós os poetas

em tuas transes de carinho e fraternidade.

Quando me reporto ao Rio Grande do Sul

tua lembrança flui ao natural

e acabei escrevendo o que escrevi,

o que aliás, sempre o faço com amor

porque tu só tens amor a dar.

No momento que dedico alguns versos

à meu Rio Grande do Sul

devo e tenho que me curvar

ao poeta maior Mário Quintana.

A atividade cultural tem para

todo princípio: a educação,

ora, porque não consigo editar

- já é uma outra questão -

uma vez que produzo cultura

na sua total acepção.

Em verdade, isto não seria hora

mas como falo para o meu Rio Grande

e o meu poeta maior, fica aqui

o testemunho da minha não concordância

das coisas que acontecem.

De quando em quando

passo os olhos de relampejo

nos versos de meu querido

poeta maior Mário Quintana;

confesso-lhes que a paz

retorna ao meu peito

pelas delícias da sua fala escrita.

Mário Quintana ! Que país é este ?

Onde a objetividade primordial

da cultura e a educação são desprezadas...

Ah meu bom velho... que saudades me dá

da rua dos Andradas ( da praia )

onde seguidamente te procurava

no Ryan, na praça, em frente ao teu hotel.

Só queria vê-lo, passar e quem sabe:

poder falar com você...

Nunca tive êxito, mas um dia nos veremos,

e poderei tomar-lhe a benção

em nome da fraternidade, do amor,

da paz que transmites a nós outros.

Mário Quintana, pela tarde saí

a procura d`um lugar qualquer que fosse.

Encontrei com outro poeta

conversamos a fala dos poetas.

Ao final, Carlos Augusto

ao olhar para o céu disse-me:

- Tabajara, olhe as estrelas, que lindas !

Estava um sol esplendoro.

Não tinha, sequer uma estrela no céu.

Mas ficamos a contempla-las...

Quando disse-lhe:

Mas Carlos Augusto, cadê as estrelas ?

E ele...

- São tantas, meu confrade !

E eu conclui...

- São tantas, e às registro no meu peito.

Só que fazia sol.

Ao que ele se apaixonou e murmurou baixinho:

Confrade Tabajara, você é sensacional !

E hoje, posso dizer, que tive um grande

amigo e poeta, que se chamava:

CARLOS AUGUSTO MELO

Já está no outro plano.

Poeta simples, poeta dos detalhes simples,

um grande poeta, como tantos outros,

morreu fazendo o que gostava, que era

escrever poesias.

Concluíndo, Mário Quintana,

aproveito este momento

de ardente paixão aos seres

e ofereço-lhes as estrelas

que só o meu poeta Carlos Augusto,

via e sentia no seu coração,

e no momento que entendo

o que ele queria sentir,

concordei com suas estrelas,

naquele sol maravilhoso de

Feira de Santana, na Bahia,

no início do Sertão baiano.

As estrelas que não estavam

no céu para os normais,

mas sim, para os nossos corações.

Do escrevedor de versos: tabayara sol e sul

Estes versos foram elaborados pelo ano de 1989

mais ou menos, quando ainda este poeta querido,

Carlos Augusto Melo, ainda andava pela terra.

Dedico estes versos também para o meu querido

e estimado amigo CARLOS AUGUSTO MELO.

tabayara sol e sul
Enviado por tabayara sol e sul em 28/01/2009
Código do texto: T1409778