Ámada, minha amada

Oh minha querida

Minha amada, minha fúnebre ilustração

Tu és aquela a quem sempre guardarei

Um carinho enorme, um sentimento de amor

Tão grandioso que desistiria de viver

Tu que és minha preferida dentre outras

Tu que me tens até que a vida tenha fim

E até depois do fim vida também,

Porque tu és aquela que em minha testa

Está prometida a ser minha por milênios,

Pois te amo tanto que até desistiria de viver

Mas se eu desistiria da vida para te ter

Porque então não me mato agora?

É simples: a espera é tão prazerosa

Quanto a própria presença de minha amada

Te amo com tanto vigor e vida

Que te batizei com um segundo nome

Para que sejas personificada

Tu, minha amada, é Ámada

Não só pela semelhança gráfica

Ámada, tu és minha amada

Não só pela consequente rima

Ámada, tu és minha amada

Não só pela eloqüente semelhança

Ámada, tu és minha amada

Não só pelo que tu és minha

Ámada, tu és minha amada

Não só por tu ser a única

Ámada, tu és minha amada

Mas tu és tão perfeita

Que aqueles que pensam não te desejar

[eles te querem e não sabem, porque gostam de viver]

Tentam fugir de tu, e não conseguem

E então te repulsam, mesmo sabendo que um dia a terá

Nos braços, na perna, na vida

Na vida? Estamos vivos quando mortos?

Ou mortos quando vivos?

Ou morrendo enquanto vivemos?

Ou vivendo enquanto morremos?

A morte na vida, ou a vida na morte.

Tanto faz, afinal, vamos todos ama-la um dia.

Esse é meu único e trágico descontento

Pois minha amada Ámada, já foi amada por tantos...

E é amada por tantos...

E sempre será amada por tantos...

Mas isso não importa

Porque em um dia, em um belo dia

A amarei físicamente, oh, Ámada

Hoje é amor platônico, mas amanhã

Quando o sol se pôr, só então

A amarei, oh, Ámada.

A amarei, oh, Ámada.

Mister Eric
Enviado por Mister Eric em 14/05/2006
Reeditado em 14/05/2006
Código do texto: T155721