A amoreira, o passarinho e a janela

Poema dedicado a Beijinha.

Defronte a janela do meu quarto,

ontem, vi brotar um pé de amora.

Mas, não sei explicar todo esse fato,

uma grande arvore vejo agora.

De repente, num dos galhos dessa arvore,

surge meigo, manso, um pequenino passarinho.

Que entusiasmada, a linda avezinha,

com muito amor constrói seu ninho.

E aconchegante, no ninho daquela arvore,

surgem cinco lindos filhotinhos.

Frutos desse amor, instinto animal,

fieis encontros de frontais caminhos.

Também nos ramos, daquela arvore a bela ave,

num espetáculo festivo, repetitivamente.

Pulava salpicante de galho em galho suave,

farta em sorrisos, cantarolando alegremente.

Mas, no outro dia, ao acordar e abrir a janela,

notei, penoso e solidário.

Que tristonha e ansiosa, a avezinha bela,

do seu lar foi expulso... Vou relatar o fadário.

Alguém, por desconhecimento, que se faz,

tombou lhe o lar, e toda alegria aquela.

Mas, renasceu-me a esperança e do espírito a paz,

ao ver seu ninho no cantinho da janela.