Cabral - Um que pesca, outro que vende.

Dedico esse poema a um artista nordestino, cuja humildade, simplicidade e olhos azuis eu nunca esqueci. O conheci quando ele vendia pela ruas de Fortaleza seus quadros entalhados na madeira.

Um pescador pescando e outro vendendo.

Cabral, com sua muita arte e sua pouca sorte.

Com seu sorriso franco e seu pequeno porte.

Pequeno grande Cabral.

Artista brasileiro, cearense, boa gente.

Humildade natural.

Aprendida com a vida,

que troca suar arte por comida.

Seu destino, sua lida.

Como dizer não para aqueles olhos francos,

que me encararam de frente, mostrando a realidade

dessa gente, inteligente, subserviente e sobrevivente.

Assim dizia Cabral: "um que pesca, outro que vende."

Como pude eu compreender tão mal, a grandeza da alma

do pequeno cabral?

Sissina Aurea
Enviado por Sissina Aurea em 07/06/2009
Código do texto: T1636829
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