GRACIOSA DONZELA

Graciosa donzela de olhos lilases,

acaso não está mais tão bela?

Ainda posso esperar que me tragas

a água da fonte, o sopro dos dias

e o arco-íris das telas.

Graciosa donzela, não me escondas

ou me furtes de teus olhares.

Procuro-te em versos e encontro-te

tão só, como ave fugidia.

Graciosa donzela, espero-te calado

ao sopé deste poema.

Atende este triste chamado

mesmo que não sejas mais tão bela.

Junho de 1977.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 11/06/2009
Código do texto: T1643608
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