GRACIOSA DONZELA
Graciosa donzela de olhos lilases,
acaso não está mais tão bela?
Ainda posso esperar que me tragas
a água da fonte, o sopro dos dias
e o arco-íris das telas.
Graciosa donzela, não me escondas
ou me furtes de teus olhares.
Procuro-te em versos e encontro-te
tão só, como ave fugidia.
Graciosa donzela, espero-te calado
ao sopé deste poema.
Atende este triste chamado
mesmo que não sejas mais tão bela.
Junho de 1977.