Ode ao Haiti

O mundo enfim assistiu ao ensaio

da instalação do completo caos,

o pulso fraco recorre ao desmaio

com tantos acontecimentos maus.

Um espasmo da Terra violento

que despertou um global sofrimento.

Onde já se hospedava a miséria

esse espasmo também se hospedou.

Pois não houve situação mais séria

desde a tsunami que a Ásia sangrou.

Nas ruas somente o cheiro de morte,

país lacerado, tão triste sorte.

Haiti, ninguém nunca te zelou,

determinaram a intensidade

da cruel tragédia que em ti pousou;

foi maior culpada a humanidade.

A humanidade capitalista,

Senhora do egoísmo, vigarista.

Haiti, não chora, vejo teu pranto;

não chora, tenta crer numa bonança

que suplantará a cruel tormenta.

Haiti, ergue a cabeça portanto,

crê na última que morre: esperança.

Haiti, o bom teu pranto lamenta.

Carlos E S Dantas
Enviado por Carlos E S Dantas em 06/02/2010
Reeditado em 06/02/2010
Código do texto: T2072513
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