JOÃO DO BANDOLIM, UM ARTISTA.

Grande homem que em Jandaia do Sul viveu,

Herói de Guerra, mas trabalhou nos cafezais antigos;

Dizem que tinha irmãos ricos, mas não prevaleceu,

Desaparecia, talvez ia visitá-los, mas voltava aos amigos.

João do Bandolim, como era conhecido na região,

E por não ser de ferro, também tomava a sua cachaça;

Mas não incomodava ninguém, era vivente de bom coração,

Nos botequins, tocava seu bandolim, com maestria e graça.

Era um artista nato, pois tinha um bom repertório,

Pedíamos o Hino Nacional, Amada Amante, ..., ele tocava;

Não cantava, só instrumentava, com um balanço peremptório,

Atendia com carinho, de jovens aos idosos, quase não falava.

João, tudo que escrever a teu respeito é pouco, pouquíssimo,

Ilusão de minha parte nesta pequena trova fenecer, oh meu;

Uma vez os “home” mandaram-no parar de tocar, tom gravíssimo,

Seis da manhã na rodoviária, pedi que não, preso que fosse eu.

Dizem que os artistas morrem, mas não é verdade,

Porque suas obras ficam e são, por si só, imortais;

As palmas continuarão a soar pelos séculos, é realidade,

Viveram a vida, beberam a pinga, não esqueceremos, jamais.

Em todas as cidades sempre existiu e existirá estes personagens,

Quando morre algum deles, aparece outro, muito mais engraçado;

Pipú, Pepilon, Jaburu, Pacová, ... P é a pqp, muitos pediram passagens,

É a mando do Pai Celeste para nos alegrar, daí o nosso muito obrigado.

Autor: Ponga, e-mail adionesgsilva@pop.com.br, tel.: 43-3432-8613 -Membro da Soc. dos Poetas Jandaienses-SPJ, SPJ/DOC.011/NOV/2005.