À Mulher que vende sonho

À mulher que vende livros,

e outros sonhos vivos,

eu queria fazer um Poema.

Desses, em que se fala de amor,

de saudade, da Lua, da flor.

Poema que a fascinasse

como se de mágica tudo fosse um passe.

Eu queria lhe dizer

do quanto a quero,

do quanto a espero

e que juntos, sem nada temer,

andaremos qualquer trilha,

pois é dela a luz que brilha.

Queria contar da fantasia

e da cor de cada novo dia.

Dizer-lhe das palavras

que são jóias doutras lavras.

Dizer-lhe mulher dos livros:

por ti, os sonhos são redivivos.

Para Cleusa