Ao Poeta
Ai poeta!
Desconheces tu o sofrimento que me aninha
Quando pões em poesia o quanto definhas?
E o arrepio sensível que me desce a espinha,
ao brilho de suas pupilas em face das minhas?
Ai poeta!
Será que ao menos em sonho imagina
que também te admiro enquanto caminhas?
E que desfaleço ao ler os versos sem rima
do príncipe que a essa Adormecida anima?
Ah poeta, por que me tentas?
...