À poetisa que se fez poesia.

Li um livro onde me encontrei,

A poetisa que se fez poesia ,não sou eu

Quem me dera...(tavez nunca serei).

Mas de certa forma,me encontrei nesse livro,

Na vida das muitas que sou e que vivo

Nas dores pelas quais choro,

Nas casas todas onde moro,( em mim).

Nas minhas vivências dolorosas até o fim.

Sim, o fim de tudo que há em mim.

Quisera eu poder possuir na vida um último bem:

Tornar-me poetisa( que não morre),

Como último fio de água que corre...

Decepar as amarras do esquecimento e morar em um livro!

Um livro meu,saído das entranhas do meu ser.

Um livro para o jovem ler.Para o velho saber que eu existi...

Não quero epitáfio.Quero índice,prefácio.

Quero ser lembrada como aquela poetisa que já não vive.

E que só hoje eu a conheci e aprendi amar...

(À belíssima Cora Coralina,por quem hoje me encantei).

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 07/08/2010
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