John Robert

Um dia vi as aves que voavam

Robert pensava e mais pensava

No casamento que estava a fazer

Ia ao caminho dos que cobravam

Em sua carreira que começava

Robert andava, podia merecer

Mas distraído, o marcavam

Ia ao conto que a vida criava

Necessidade de um tudo ter

Robert era franco materialista

Era possessivo e consumista

Teria sido melhor como pai

Foi distraído agora por demais

E tudo nesta vida realmente vai

Não teve esposa, teve a lesão

Perdeu seu pulsar do coração

Robert corria, carro acelerado

Estava bem e bem apaixonado

Não viu fumaça, nem a carreta

Sentiu o vidro que ia quebrando

Seu novo rosto todo foi cortando

Caminhão ao carro ia entrando

Era queimada, era uma estrada

Robert era um corpo, era nada

Sem uma viúva ou filho, nem ouro

Seu trabalho ficou e foi-se o couro

Robert deixou umas pessoas tristes

Foi e ficaram suas marcas em ristes

Era distraído coitado, nome de rua

Nome de uma alma agora mais nua

Passaram anos e Robert foi levado

Esquecido por seu amor interesseiro

Lembrado pela irmã ao travesseiro

Lembrete molhado, ato mal revelado

Robert foi bebido na conta de coitado

Robert teve caixão fechado e retrato

Sua mãe revolta lembra tal frio ato

Lembra ainda o bebê, que cresceu

Foi homem, de dinheiro, esqueceu

Nome de gringo em face tupiniquim

Robert pensou antes de ir, de partir:

Pena não poder ir antes ao botequim.

Lord Brainron

à memória de Jonh Robert, amigo e ébrio, esquecido nos idos anos 90...

Agora não mais...

lordbyron
Enviado por lordbyron em 17/02/2011
Código do texto: T2797250
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