ERNESTO SABATO

ERNESTO SABATO

Que arte bela é o sábado, Sabato!

“_ Que horror é o mundo!”, leitor.

... e desaba a dor Sobre Heróis e Tumbas

mais Um,

azar, Sabato, aos noventa e nove

aqui jaz mais Um

Jogo da Amarelinha:

Sábado, Sábado gordo,

Sábado magro, Sábado santo,

mais Um:

Sábado de Aleluia!

Borges, Bioy Casares, Cortázar... Informe Sabado,

‘Nunca mas’ resoluto, decidido = Ernesto, Ernst, Ernust...

As bocas em orações no oratório Relatório Sabato

murmuram hinos sabatinos em meio às salas e corredores de um sabático enlutado Palácio Casa Rosada.

Pelos deuses da escrita,

clamamos pela última estrofe!

Pois parece para sempre desaparecer o rumor das ondas,

para sempre fugirem os ventos que afogam em afagos a vegetação rasteira, miúda, viuvinha da vastidão dos pampas,

para sempre rugirem solos em fuga da melancolia dos tangos.

Ó deuses da escrita,

Antes do Fim,

dai-nos armas afiadas e esperançadas e abençoai-nos!

... e os pássaros rodopiando belamente

em todos os sentidos escrevem nos céus:

Aqui jazem os ossos do ofício,

aqui jazem o escritor e Nós fantasmas.

PROF. DR. SÍLVIO MEDEIROS

CAMPINAS, triste outono de 2011.