Soneto À Belém do São Francisco, PE...

Caminhado tranqüilo, solto pela rua

Ando a estrada aberta inocente nua

Em pedra bem arrumada, lisa a pua

Brilhando à minha frente de vida sua

Granito feito à mão de dedos hábeis

Uma sempre atrás da outra, imóveis

Contam cada vida sua história, fósseis

Uma sempre atrás da outra, ignóbeis

A sua história recente de vidas derramou

O sangue de balas que lhe transpassou

Que feridos entre os homens se deixou

Entre pedras forjadas a fogo ardente

Pelo sol e com água fez-se o ar quente

Caminha a história, sozinho somente...

Paulo Poeta
Enviado por Paulo Poeta em 29/11/2006
Código do texto: T304722