ZÉ GRANDE.

Homem de Deus, humilde e persistente!

Desde cedo trabalhador.

Por mil adobes de barro se tornou “doutor”.

Como os filósofos gregos, buscou o saber!

E na sua humildade soube como aprender.

Trabalhou e lutou, família construiu,

No amor educou, na regra instruiu.

És mestre de obras.

Das obras cresceu.

Fez meio – mundo de cidade.

Com a força que Cristo lhe deu.

Homem de fé é este Zé.

Assim prosseguiu e também prosperou.

Nossa Senhora sempre o acompanhou.

Hoje José descansa da vida de labuta.

Destilando o seu saber, conta causo, diz piada,

Outro igual “tá pra nascer”!

Por tudo isso Zé, és Grande!

Grande Zé, graças a Deus:

Grande Homem és !

L.M.J.

17/01/2003.

OBS: Texto em homenagem a meu avo e padrinho, José Alves dos Santos (1914 – 2003), que retornou à Casa do Pai na manha de 17 de abril de 2003, uma Quinta Feira Santa, dia da instituição da Santa Eucaristia. Este texto foi escrito exatamente 3 meses antes dele partir, ele leu e deu boas gargalhadas em meio a sua grande humilde serenidade.

Comentário: Por mil adobes de barro se tornou “doutor”. – este fragmento faz alusão a forma como Zé Grande (como era conhecido) buscou o saber Com dezessete anos de idade em “Molungu” - Ba foi alfabetizado, “aprendeu o A,B,C” em cinqüenta e quatro dias de aula, para pagar a escola (a professora), ele teve que trabalhar duro, fez mil adobes de barro e vendeu por “vinte mil réis”, com os quais pagou a escola. José era um rapaz muito inteligente e escrevia nos lajedos, aprendeu as quatro operações aritméticas por conta própria (sozinho). Já adulto atuando como Mestre de Obras dava “aula prática” aos Engenheiros Civis nas obras. (L.M.J.)

Leandro Martins de Jesus
Enviado por Leandro Martins de Jesus em 04/12/2006
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