DIVINA MESTRA*

Neste dia nublado e ventoso,

ela reviveu em lembrança: minha avó.

Eu deitado, a sentir dor de dente

(- menino, cuidado com estas balas!

- menino, escovou bem escovado? ),

ela assentada esfregando meus pés

suavizando meu mal

(o remédio era seu carinho

não importando o que doía e nem aonde).

Outras vezes eu assentado ao seu lado,

ela, para me entreter, a contar histórias

com o livro, no colo, repleto de lições.

Ao cuidar de mim minorando o mal,

mostrou-me a afetividade.

ao narrar, ensinou-me princípios.

Neste dia sem sol e escovado pelo vento,

seu nome, Augusta, expressa bem

o quê para mim fora: Divina Mestra,

curou-me da melancolia do cinza

se fazendo presente nesta re.cor (d) ação

- Redação do Coração

*Em memória de minha avó.

L.L. Bcena, 19/01/2000

POEMA 330 – CADERNO: ROSA VERMELHA.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 23/08/2011
Código do texto: T3177358
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