Perfume de Mel

Acomodou-se em teu chão a poeira,
tuas ruas, sob o negro asfalto...
Silenciou a poesia da brincadeira,
das velas, a luz morreu lá no alto...

Será sempre saudade o que florir,
o que houver para lembrar de ti,
desejaria a alma navegar ao porvir,
por certo, em águas da antiga Irati...

O tempo rumina todas as lembranças,
quando se folheia outros dias,
viver é como desmanchar tranças,
deixar voar a inocência das fantasias...

A história cobrirá nossos passos,
nossa passagem o teu lindo céu azul,
mas sempre ficará em ti nossos traços,
de orgulhosos filhos da pérola do sul!

Malgaxe

 
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 08/09/2011
Código do texto: T3208749
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