Amor na forma bruta

Olhar castanho canela em pau

Cabelo caracol fininho que nem a chuva

Nem ela se deita pra molhar

Pele clara pôr-do-sol

O jambo que não caiu no chão do quintal

Entre as folhas secas daquele sorriso

Escondido atrás das meias palavras

O amor nasceu além da montanha abrindo as madrugadas

A cidade pequena deu origem ao menino-canção

Encantou a tarde que caiu e chorou tímido

Amigo do rouxinol que mais tarde dança sorrindo

A força doce do seu abraço pedindo

Quente como a castanha do castanho do olho

Trago num cigarro o laço esfumaçado que se desfaz

No vento arredio, cabelos nem voam mais

Peito abre, atrai o pensamento, é calor e emoção

Escrito infinito de coisas a serem ditas, lapidar sensação

Para esse moço, agora obra-prima e matéria bruta do coração

Erika Soares
Enviado por Erika Soares em 03/12/2011
Reeditado em 20/04/2015
Código do texto: T3370278
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